11 Dicas Para Lidar Com Crianças De Espírito Forte – [Nº 6] Evita Posições De Força

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dica n 6 final

*consultar introdução e contexto destas 11 dicas na primeira dica, aqui.

Dica nº 6 – Evita posições de força, pensa no que é mais importante!

“O que é mais importante agora, ter razão ou ser feliz?”

Esta pergunta foi-me colocada na formação que tirei para me certificar como facilitadora em Parentalidade Consciente. Surgiu como ferramenta para gerir conflitos na parentalidade, e não só. Tem, desde que a ouvi pela primeira vez, um impacto enorme em mim. Só tenho pena de não me lembrar dela mais vezes.

Já na dica nº 5 se falou de lutas de poder (podes ler aqui). Hoje trago uma nova perspetiva deste mau hábito que muitos temos de marcar uma posição de força com os nossos filhos. Essa necessidade que temos (eu muitas vezes ainda tenho) de ficar por cima, de ter razão, de garantir que a criança compreendeu o que eu queria dizer – que vergue, que reconheça, que me dê razão.

Essa necessidade de como mãe me fazer ouvir, sentir que eles perceberam o que queria dizer, o porquê daquela regra, e claro, o cumprimento limpo. A necessidade, no fundo, da submissão.

Posições de força considero como aqueles momentos em que temos de fazer valer a nossa razão dê por onde der, nem que seja à custa de abuso físico ou psicológico das crianças. Levar a minha avante custe o que custar.

Evitar posições de força – reforço, no sentido da teima, do confronto aberto – é essencial quando queremos criar uma boa relação com os nossos filhos – onde abunde confiança, abertura, empatia. Nós somos o adulto, temos mais responsabilidade social, psicológica, financeira. Isso é um facto. Muitas decisões vão caber-nos a nós fazer, enquanto encarregados da educação daquele filho. Não precisamos de lhe provar isso, de justificar a nossa superioridade.

Sim e muitas vezes tem de ser da maneira que eu, adulto, digo. E à mesma, não preciso de entrar numa discussão com uma criança! Nós entramos em muitas discussões com as crianças! Observem-se! Eu observo muito as pessoas: nas ruas, nos restaurantes, no estacionamento, nos supermercados, no parque. Por causa desta minha profissão, dou por mim a observar imenso as interações entre pais e filhos. E muitos, muitos de nós entramos em muitas discussões com as crianças.

Eu sei que muitas vezes faço isso porque quero ter razão, porque quero que me dêem razão. Será que também acontece contigo?

Daí esta pergunta ser tão importante para mim:
“O que é mais importante agora, ter razão ou ser feliz?”

Isto NA PRÁTICA, para mim, significa 2 coisas:

  1. Que por vezes vou ABDICAR de uma coisa ou CEDER em algo – deixar comer o gelado, deixar andar descalço, deixar brincar com x objeto que não era suposto, ir a x sítio… – em prol da felicidade e em prol da tranquilidade. Abdicar em coisas que são menos importantes do que aquele momento, do que aquela oportunidade de criar relação.
  2. Outras vezes significa ABDICAR DA DISCUSSÃO, apenas implementar determinada medida necessária – desligar a tv, não deixar fazer festa do pijama, não poder arranjar mais animais de estimação, o que seja – e não dar azo a justificações eternas com rasgos de agressividade e imposição, porque já estou cansada e farta de responder às mesmas perguntas e insistências.

E pronto, por hoje é isto. Espero que te sirva de algum modo.

E tu, queres ter razão ou ser feliz?

Fala comigo sobre isto nos comentários ⬇⬇

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